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ALMA SALGADA

 

Não há dúvida, embora para muitos isso se misture, de que arte, design e decoração são atividades muito distintas. A arte surge de inspiração, não tem compromisso com nada além de sensibilidade e técnica. Tem por objetivo a magia do encantamento, provocar reflexões. 

 

O design pretende segurança, eficiência e praticidade das coisas. Além de estética, está a qualidade do que foi criado. Por fim, a decoração tem por finalidade compor o espaço, trazer beleza e criar um envolvimento de quem observa. Tem por objetivo satisfazer sentidos.

 

O casal de artistas plásticos que se denomina como “Alma Salgada”, Cami e Japia, consegue de maneira muito especial estabelecer uma ponte que soma arte, design e decoração. Suas origens de vida, bem como suas formações acadêmica e prática, permitiram essa rara polivalência que lhes faz oferecer um resultado muito positivo e interessante.

 

Alma Salgada tem valor artístico, legítima consciência da praticidade e determina beleza nas suas criações. Seus trabalhos vão desde aparente naïfe, passando pela pop art e atingindo a street art. O traço é suave e forte, criando uma sensação única conduzida pelo uso de uma palheta de cores impactantes. Suas obras determinam uma rebelde magia que conecta realidade e ficção. 

 

O casal de artistas já está presente em vários acervos, murais e obras arquitetônicas, notadamente nos EUA, onde são conhecidos e respeitados. Sua capacidade criativa e técnica apurada promete um futuro de muito sucesso. Além do que, com legítima propriedade, estão fazendo as paisagens urbanas menos áridas com a beleza do seu trabalho.

 

Sorte de quem tem acesso às criações. Essa alma de salgada não tem nada, é doce porque nos faz mais felizes.

 

 

Ricardo Viveiros

Jornalista, professor e escritor

Doutor em “Educação, Arte e História da Cultura” pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte

Membro da Associação Internacional de Críticos de Arte   

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